Sometimes - 06

Kate

Subimos um morrinho e chegamos. O lugar era muito lindo.

A vista dava pra ver o imenso mar.

Tinha uma magueira ali do lado. Ela era grande, linda e cheia de mangas maduras. Na grama havia várias flores de todas as cores.

- É realmente lindo esse lugar.

Ele tirou sua mãos da minhas e sentou em um banco que tinha.

- Vem senta aqui. - Disse ele.

Sentei ao seu lado. Um vento frio passou.

- Ai que frio. - Disse.

- Aqui sempre é frio. Com a brisa do mar gelada. - Disse ele.

Ele tirou seu casaco e me deu.

- Toma. - Alex disse.

- Obrigada. Esqueci o meu em casa.

O tempo estava um pouco nublado. Estava tudo perfeito.

O cheiro de Alex estava em seu casaco. Cheirava toda hora disfarsadamente.

- Sabe, eu ficava aqui toda hora. Quando me sentia triste, feliz ou quando queria ficar sozinho. - Ele fitava o mar.

- Como você achou o lugar ?

- Fui explorando os lugares por aqui.

Cheguei mais perto de Alex. Até ficar o mais perto possível.

- Você é a pessoa que eu procurava... - Disse.

- O quê ?

Nossos rostos estavam pertíssimos. Agora nossos olhos se encotraram.

- Meu primeiro e grande... - Não consegui dizer mais nada. Estavamos "conectados" um ao outro.

Nos beijamos. Senti o hálito fresco de sua boca. Meu amor por ele aumentava a cada segundo.

Queria dizer eu te amo, queria falar o que sentia.

Paramos de nos beijar e ele só me fitava.

- Preciso fazer uma coisa. Tenho que ir. Tchau. - Disse ele.

Ele foi em bora quase correndo. Ele devia estar sem graça.

Não aguentava de felicidade. Alex,Alex,Alex.

Rolei na grama feito uma boba.

Peguei uma pedra e atrás do tronco da mangueira, escrevi bem pequeno:

"Alex, meu grande amor."

O meu celular tocou.

- Alô ? - Disse.

- Filha, porque não veio até agora amor ? Fiquei preocupada.

- Mãe, as meninas amaram o lugar e quiseram ficar mais e converssar.

- Estava vendo onde vai ficar a minha confeitaria. Vai ficar pertinho de casa, o lugar já está acabando de ser reformado.

- Ok mãe, estou indo.

- Tudo bem. Tchau amor.

- Tchau mãe. - Desliguei.

Fui pulando para casa. Passei na praia e vi Jess, Lola e Mandy.

- Kate ! - Elas gritaram em conjunto.

- Oi gente. - Disse.

- Nós vimos o Alex saindo antes. Conta tudo amiga. - Disse Jess.

- Depois eu conto tudo. Tenho que ir se não minha mãe me mata. Tchau.

- Tchau. - Elas disseram.

Cheguei em casa e vi meu pai na sala.

- Pai ? Chegou cedo hoje, finalmente.

- É, consegui.

Senti um cheiro de bolo de chocolate. Entrei na cozinha.

- Hum, que delícia.

- Oi filha, tô fazendo um bolo para a confeitaria. Vocês vão ser as cobaias. - Ela sorriu.

- Hahaha. Onde está Lindsay ?

- Foi pra Los Angeles.

- Voltou com Dan ?! - Fiquei feliz

- Não, ela foi pegar o resto das suas coisas. Que pena né filha, ela amava demais o Dan. - Disse Anna com tristeza.

- É... Bom vou fazer meus deveres de casa.

- Ok.

Peguei minha agenda e fui ver os deveres.

...

Lindsay

Abri os olhos. Tirei o I- pod dos ouvidos e chamei uma aeromoça:

- Moça, você sabe quando falta para chegarmos ?

- Falta 20 minutos senhora. Só aguardar. Mais alguma coisa ? - Disse ela.

- Não, obrigada.

Vasculhei a chave da casa de Dan. E acabei achando um bilhete, que estava escrito assim:

" Eu vou te amar para sempre, não importa o que aconteça. Assinado Dan ."

Eu não aguentei e algumas lágrimas cairam dos meu olhos. Ele tinha feito esse bilhete na semana que começamos a namorar.

Depois vi a chave em um dos bolsos da bolsa.

Eu não consegui jogar fora, isso seria pior ainda para mim.

Olhei o céu, estava nublado.

A aeromoça deu o aviso de chegada e peguei minha bolsa.

Desci do avião. E fui até a saída principal.

Olhei os táxis à vista.

- Táxi ! - Gritei.

Pedi que ele me levasse até a casa de Dan.

A casa estava mesmo vazia. Paguei o táxi e fui abrir a enorme casa grande e vazia de Dan.

A sala estava totalmente bagunçada, como se tivese acontecido alguma luta ou algo assim.

Subi as escadas e entrei no nosso quarto, quer dizer o quarto de Dan...

Ele estava como sempre, todo arumadinho.

Olhei o livro em cima da mesa, " A cabana" que dei de natal para ele. Ele amava ler livros.

Peguei o livro, um pouco grosso e o foliei. Em uma das páginas vi um papel com um endereço estranho e em baixo do endereço, estava escrito assim:

" Este endereço fica no Brasil, Rio De Janeiro. " - Com uma letra esquisita.

Brasil, Dan no Brasil ? Que estranho. Eu sabia falar português, fiz um curso. Queria aprender mais línguas. Mais ele no Brasil, era estranho demais.

Foliei as outras páginas para ver se tinha alguma coisa, mais não tinha mais nada.

Peguei as roupas e coloquei ela nas malas. Desci com as malas e deixei elas na sala.

Verifiquei que horas era o voo de volta, era daqui a duas horas. Coloquei o despertador para tocar se eu dormisse e deitei na cama.

Não consegui mais dormir com aquele endereço do Brasil na cabeça. Passaram-se 1:30 e o despertador tocou e pulei da cama.

Desci as pressas, peguei a mala e corri para pegar um ônibus para o aeroporto.

Sei que era cansativo demais viajar duas vezes no mesmo dia, mais não queria ficar naquela casa onde me fazia lembrar de Dan e de tudo.

Entrei no avião rápido e peguei um sanduíche.